Aquele tinha sido um dia ruim e lá estava eu olhando pela janela do trem, algumas lágrimas rolando, profundamente triste, quando um homem sentou do meu lado. Torci para que me deixasse em paz. O trem estava uma bagunça, cheio de gente falando alto, se esbarrando, ouvindo música sem fone. De repete para completar aquele cenário, entra um vendedor de algodão doce atrapalhando a passagem de todo mundo. Mais que depressa ele se juntou ao coro de barulhos, oferecendo a plenos pulmões os saquinhos coloridos por apenas 1 real. Nesse momento ouço uma voz do meu lado, era o homem: - Um dia... 'Não acredito', pensei. Não poderia estar menos disposta a falar, então permaneci imóvel olhando pra frente, mas ele continuou: - Fui com João, meu filho pequeno, numa loja e estavam dando algodão doce na porta. Mas eu estava com muita pressa, atrasado para o trabalho, então disse que não dava tempo de pegar algodão doce e levei ele para fora de lá. Continuei quieta,
Esse blog tinha um título, mas esqueci.