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Mostrando postagens de abril, 2016

O ACASO

Ela estava parada com a moeda na palma da mão de frente para fonte. Não acreditava de fato que alguma coisa de bom pudesse acontecer pelo simples ato de arremessar uma moeda em uma fonte. Deu um passo à frente e inclinou-se para ver o fundo, as moedas refletiam os raios de sol num brilho metálico. Era praticamente uma fortuna lá embaixo, pensou, quanto será que teria? Seu pensamento foi interrompido pelo leve sobressalto de um espirro d’agua.  Lá se foi outra, o cara do lado arremessou sem pensar duas vezes. Invejou esse desprendimento, estava ali há pelo menos cinco minutos e a moeda não havia deixado sua palma por um segundo sequer. ‘Se eu jogar a minha, vou ter que esperar na fila até todos esses pedidos serem atendidos?’, foi uma dúvida que surgiu durante um segundo de deslize de sua inquebrável racionalidade. Estar ali por si só já demonstrava certo desespero, uma vez que ela jamais em outra situação qualquer da vida tinha se deixado levar para nada além do que pode ser mini